A Chapa 1 - Sindicato Forte, Unidade e Luta protesta contra a
posição da Chapa 2 de recorrer a Justiça contestando duas decisões da Comissão
Eleitoral do Sindicato dos Jornalistas sobre o andamento das eleições. A
primeira foi a de recusar a inscrição da jornalista Silvia Leds no pleito, e, a
outra, sobre o formato da lista de associados a ser entregue às chapas. Seguindo
o estatuto da entidade, amplamente conhecido pela oposição que já participou de outros pleitos, a Comissão recusou a inscrição da jornalista Silvia
Leds e determinou que a lista de associados a ser entregue às chapas
contenha o nome, cidade e local de trabalho do associado, seguindo
rigorosamente a regra eleitoral. A oposição não aceitou essas decisões.
A atitude da chapa de oposição atenta contra a liberdade e autonomia sindicais, pois, das decisões da Comissão Eleitoral, pode-se apelar às salvaguardas institucionais previstas no Estatuto Social, como à assembleia geral. Recusar os mecanismos da democracia sindical e apelar à Justiça, que concedeu liminares à oposição, mostrou total menosprezo pelos jornalistas sindicalizados. Bem se vê que a oposição não é cutista, pois despreza um dos princípios básicos de democracia da própria Central.
Neste pleito, a oposição não tem do que reclamar. Em primeiro lugar, a diretoria do Sindicato, responsável pelo recebimento das inscrições de chapas (por meio da Secretaria da entidade), manteve a porta aberta e recebeu a papelada da oposição às 18h02, depois do horário estabelecido pelo edital de convocação das eleições (18h). Para quem não é familiarizado com sindicatos, isso não seria aceito em 99,9% dos sindicatos brasileiros. Desde o início, portanto, a atual diretoria mostrou disposição de encarar a disputa eleitoral.
Em seguida, a Comissão Eleitoral mostrou enorme generosidade e tolerância em relação à oposição, pois aceitou a inscrição de sua chapa repleta de irregularidades:
- onze de seus membros estavam com a mensalidade em atraso no dia da inscrição da chapa. Pelo estatuto, não teriam direito de ser candidatos;
- um de seus membros não era sequer filiado. Teria de ser riscado sumariamente da lista de chapa.
os nomes de três de
seus membros não era acompanhado de qualquer documento que atestasse a vontade
de se candidatar. Pelo estatuto, a ausência de ficha de qualificação (assinada
pelos candidatos) impede que sejam incorporados à chapa. Teriam de ser desconsiderados.
Soube-se, depois, que outra das candidatas da chapa da oposição nem ao menos mora no país, o que constitui um absurdo contrário ao estatuto, por motivos óbvios: como alguém que mora no exterior pode exercer um cargo na diretoria de um Sindicato?
Considerando-se o conjunto, a chapa de oposição seria impugnada por insuficiência de membros.
Apesar de tudo, a Comissão Eleitoral decidiu registrar a
chapa e dar três dias de prazo para acertos de irregularidades e atrasos. Ao
final, negou corretamente a inscrição de Silvia Leds por não ter apresentado a
ficha no dia da inscrição de chapa. De qualquer forma, a chapa de oposição foi
registrada e está concorrendo.
Para nossa surpresa, tendo uma pequena parte de seus pleitos negada, a oposição agride a entidade, a Comissão Eleitoral e a própria categoria com ações judiciais. Por que não apelaram a uma assembleia, como prevê democraticamente o estatuto? Tiveram medo de, diante de um coletivo de jornalistas, ter de enfrentar uma discussão aberta sobre as irregularidades de sua chapa?
Nós da Chapa 1, apesar de termos tido vários de nossos pleitos negados pela Comissão Eleitoral, defendemos a Comissão, eleita democraticamente e por unanimidade numa assembleia de jornalistas, segundo os princípios do Estatuto do Sindicato e da CUT. Manifestamos nosso profundo repúdio por esta ação da oposição em ataque à democracia e à autonomia de nosso Sindicato. A Chapa 1 - Sindicato Forte, Unidade e Luta se orgulha de sua postura democrática e de sua posição de princípio a favor da liberdade e autonomia das entidades sindicais, e rejeita o oportunismo dos que rasgam os princípios, na busca desesperada por vantagens em uma disputa eleitoral.
Chapa 1 - Sindicato Forte, Unidade e Luta
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